quinta-feira, 9 de abril de 2015

O mito do bom selvagem

O mito do bom selvagem foi um dos ideais de Jean Jacques Rousseau onde retratava que o Homem por sua natureza nasce bom, porém quando ele entra em contato com a sociedade ele se corrompe a fazer o mal.
                   
Fazendo uma relação análoga entre os três romances indianistas de José de Alencar, percebe-se que o autor pretende executar uma pesquisa da identidade nacional, um resgate da história dos indígenas, os primeiros habitantes da nação. Em Iracema, o tema é o processo de colonização, o amor sublime entre a índia e o português Martim que gera Moacir (filho do sofrimento) que, simbolicamente representa todo o povo brasileiro. Em Ubirajara, Alencar busca um passado remoto, antes da chegada do homem branco, a intenção do autor nesse livro é descrever as terras brasileiras no tempo em que estas eram habitadas apenas pelos índios, nesse romance o índio é mostrado puro sem o contato com o branco. No romance O Guarani, o índio é mostrado já aculturado e dominado pelo europeu, Peri é figura do bom selvagem, o herói que protege os brancos, Em suma, os romances indianistas de Alencar (Iracema, O Guarani e Ubirajara) refletem o nacionalismo presente na literatura brasileira do século XIX, são também fruto do mito do bom selvagem e da perspectiva de construção de uma identidade nacional. Os personagens principais desses romances revelam todo o ideário indianista do escritor cearense.

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